domingo, 13 de dezembro de 2009

A "legítima" como cão de caça

Naquele tempo, a Clarisse era a jovem e belíssima funcionária dos correios em S Vicente da Beira. Era um tormento para a Zulmira quando ela aparecia, e fazia-o frequentemente, para jogar à noite junto à Ponte de Oriana.

Jogavam-se aqueles jogos idiotas de antigamente: às prendas, às escondidas (toda a gente sabe como estes jogos invalidavam eficazmente todos os estigmas sociais que pesavam sobre as relações entre sexos na época). Lembro-me perfeitamente do escândalo que a Zulmira fez quando saiu como prenda à Clarisse beijar o Cristóvão que pouco antes também tivera, por exigência do jogo, de beijar a Clarisse. Não deixou, que já eram muitos beijos...

Saiu a sorte grande ao rapaz que assim via facilitada a sua abordagem à recém chegada à terra. Poucos dias depois já era possível esgueirarem-se os dois, um de cada vez e à sucapa, para os lados do Casal da Fraga, ou para a Srª da Orada...

Bem, o que eles iam fazer é lá com eles...

Acho excelente técnica a de usar a legítima como cão de caça nestas facadinhas matrimoniais.

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