Ao princípio ainda parecia que a única coisa que os ligava era o sexo mas, mesmo aí, as coisas foram-se rapidamente deteriorando. Havia muito sexo mas, bem lá no fundo do ser de cada um, nenhum ficava saciado ou razoavelmente feliz. Não conseguiam comunicar – afirmavam grande desejo um pelo outro, procuravam-se assiduamente mas...
As ejaculações do Cristóvão eram abundantes e davam-lhe prazer intenso mas deixavam sempre um rasto de desilusão. A Zulmira gozava, dizia que gozava muito, queria-o sempre lá dentro mas em nove anos de vida em comum afirmava apenas haver tido dois orgasmos com o marido e ficara-lhe a sensação de que poderia ter ido muito mais longe, como realmente ousou ir com a Teresa, com a Cecília e, mais tarde, com o padre Martins.
Pelo caminho ficaram outros desejos, outros afectos, outros arrepios de prazer clandestinos.
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